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Pré-candidato ao governo de Sergipe pelo PSOL, Márcio Souza concede entrevista a Rede Xodó

“ Se não queremos o encarceramento dos jovens, devemos investir em educação ”, destaca pré-candidato do PSOL.


Pré-candidato ao governo de Sergipe pelo PSOL, Márcio Souza concede entrevista a Rede Xodó
Nesta terça-feira,27, o Jornal da Xodó entrevistou Márcio Souza, policial militar há 19 anos e pré-candidato ao Governo de Sergipe pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Questionado como a legenda se posiciona politicamente, tendo em vista que atualmente não há uma definição entre direita e esquerda, Márcio declarou que o PSOL pauta seu posicionamento na oposição. “O PSOL ele tem uma oposição de esquerda ao PT e ao MDB. Em Sergipe desde 2016 estamos juntos ao PSTU. Lutamos contra as reformas, contra o governo Temer e assim surgimos como uma alternativa política do nosso Estado”, comentou.

De estilo cauteloso e diálogo fundamentado, Márcio Souza foi indagado se seu perfil destoa do estereótipo dos políticos de centro esquerda, tendo em vista que ele não adota o radicalismo e observou que o “rótulo” de radical à sigla, foi posto pela grande mídia. “Eu acompanho as ideologias do setores progressistas, aqueles que buscam a redução das desigualdades sociais. Faço o debate de ideias e sou contra modelos pré-determinados. Este esteriótipo nos foi posto pela grande mídia, na verdade, o nosso perfil é a ânsia de mudança dos oprimidos”, observou.
Perguntado sobre o porquê de taxar o governo Temer (MDB) de golpista, o socialista indicou que os critérios de julgamento adotados pela oligarquia foram divergentes e mostrou-se contrário à aliança de partidos cujo pensamentos divergem, tal como fez o PT com o MDB nas eleições 2014. “Para nós é tranquilo, não defendemos governo de coalizão e de contradição. O PT se desprendeu das suas ideologias para chegar ao Poder e assim, fez uma busca desenfreada por alianças. Nascemos da contradição e não temos responsabilidade nenhuma do que está aí. O nosso Congresso está totalmente desacreditado, chamamos de golpe a chegada de Temer ao Poder, porquê, a saída de Dilma do governo foi motivada pelas “pedaladas fiscais” e hoje elas são legais”, disse.

Por fim, Márcio Souza indicou que a educação deve pautar as mudanças que se fazem necessárias à Nação. “Eu vim da classe dos trabalhadores e fiz minhas qualificações por escolas públicas. Atualmente a população cresce e o orçamento público se retraí. Se não queremos o encarceramento dos jovens, devemos investir em educação, sobretudo no Ensino Médio e em cursos técnicos”, ressaltou.
Por Daniel Villas-Bôas


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