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Rádio e TV × Redes Sociais, quem será mais determinante ?

Por: Álvaro Siqueira


Rádio e TV × Redes Sociais, quem será mais determinante ?

Desde o fim da ditadura militar e logo em seguida a promulgação da Constituição Federal em 1988, vivemos eleições com suas peculiaridades e características bem definidas. Durante esse período "democrático" que completa 30 anos, ou seja, uma criança em formação comparando - se com outros países, rádio, TV e jornais sempre deram o tom e ditaram o ritmo das corridas eleitorais, porém, com o avanço tecnológico e o advento das redes sociais (Watsapp, Facebook, e Instagram) e isso tem criado uma grande interrogação, principalmente, após a eleição vitoriosa de Barack Obama nos Estados Unidos.

Para fazer uma breve análise, levarei em consideração o certame presidencial de nosso país, que após a exclusão do ex-presidente Lula e o início das propagandas eleitorais traz um cenário nunca visto antes, as tradicionais esquerda e direita que polarizam essa briga, e hoje se transformaram em esquerda e centro, tem no jogo um representante da extrema direita, e alguns de vocês devem está se perguntando: O que tudo isso tem haver com os meios de comunicação ?  

Algo muito preocupante, partindo da premissa que temos um sistema político absoleto que vai de encontro aos princípios constitucionais de igualdade, seja em relação as leis regentes e  também nas condições de disputa, haja vista, o sistema é montado para a manutenção dos que estão no poder sendo muito fácil de detectar tudo isso.

Em um país afundado em questões sociais sem precedentes faltando saúde, educação e segurança, combalido-se pelo mal da corrupção é criado um fundo partidário no valor de 1 bilhão 710 milhões com o nosso dinheiro (contribuintes), para bancar as campanhas, e o pior, são as regras que regem o jogo, as quais siglas com maior "representatividade" ficam com as maiores fatias do bolo, como pode postulantes ao mesmo cargo receberem quantias diferentes ?

O mesmo acontece com o tempo de rádio e TV um abismo vergonhoso, para se ter uma ideia a propaganda eleitoral para presidente é dividida em dois blocos de 12 minutos e 30 segundos cada, e que o representante do centro sozinho terá direito a 5 minutos e 32 segundos , o representante da esquerda terá 2 minutos e 23 segundos já o representante da extrema direita e algumas outras siglas nanicas terão 8 segundos de programa,  além disso o candidato do centro terá 434 inserções de 30 segundos cada, o da esquerda 181 e o da extrema direita 11 inserções na programação de todas as emissoras durante o período eleitoral, o que chancela tudo relatado anteriormente mostrando a necessidade de uma reforma política de verdade para ontem.

Com todo o panorama exposto, resta ao representante da extrema direita as redes sociais, onde as informações são propagadas quase que em tempo real e com um eleitorado qualificado e convicto poderá equilibrar o jogo.

Pautas conservadoras, luta contra a corrupção, e combate a violência são temas que norteiam os debates no imaginário do brasileiro, hoje o que tem sustentado o candidato das mídias sociais foi o mote por ele criado como o candidato contra o sistema, fala o que muitos gostariam de falar e não pode, em outras palavras esta tendo sintonia com o povo.

Os próximos levantamentos de intenção de votos através dos índices que serão apresentados em breve já trarão uma fotografia, se realmente as redes sociais tem toda essa força ou o velho Rádio, TV e jornais ainda mantém o trono.


 E você aposta em quem ?


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