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Morre em Estância o radialista João Muniz morre vítima da Covid-19

Por: Genílson Máximo


Morre em Estância o radialista João Muniz morre vítima da Covid-19
Morreu na manhã desta quarta-feira, 15, o radialista estanciano João Muniz de Freitas, portador de deficiência visual, com cerca de 30 anos de serviços prestados à Rádio Esperança. João Muniz reincidiu o contrato com a Rádio Esperança em 07 de janeiro de 2015.

De acordo com a filha, Leila, João Muniz havia passado por uma cirurgia de próstata no final de 2019 e apresentava um quadro estável de saúde; na semana passada ao retornar da rádio, após o programa, chegou acometido de uma gripe.

“Nós demos antitérmico, vitamina C. Imaginávamos ser um simples resfriado. No dia seguinte ele apresentou febre alta. Contactamos um médico que prescreveu uma medicação e recomendou: ‘Se durante três dias ele não melhorar, vocês devem levá-lo ao pronto socorro porque pode ser Covid-19’. Durante os três dias ele não apresentou melhora, nós o levamos ao hospital onde ficou internado. Na manhã de hoje (15/07) recebi uma ligação do hospital que ele havia sofrido uma parada cardiorrespiratória, tentaram animá-lo, levaram para a UTI, mas, infelizmente, se foi”, externou a filha.

De 27/10/1984 a 07/01/2015, numa segunda admissão, João prestou serviços à Rádio Esperança ainda AM. Era a voz padrão para abertura e encerramento das atividades da emissora no dia; voz padrão para abertura e encerramento do programa “A Esperança Conversa com Você” – apresentado por doutor Jorge Leite.

Durante a semana apresentava os programas “A Esperança nos Esportes”, das 18h às 18h30; “Boa Noite Nordeste”, das 18h30 às 19 horas. Após a Voz do Brasil, seguia até as 23 horas apresentando “Música e Amizade”.

De acordo com a escala do dia, às vezes apresentava o programa “Presentes Musicais”, às 13 horas; aos domingos apresentava “Tarde Esportiva Dançante”, das 15h às 17 horas. Era o apresentador oficial dos programas de forró “Bom Dia Nordeste” e “Boa Noite Nordeste” (gravados).

Sua deficiência visual jamais foi obstáculo no desempenho das suas funções laborais no rádio. Possuía um ouvido de gravador, tinha facilidade para decorar textos até de uma lauda e em seguida destrinchá-lo diante do microfone com maestria. O radialismo sergipano perde um grande profissional, cria da Rádio Esperança, oportunidade que lhe foi dada pelo empresário Jorge Prado Leite.

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