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Educação de Estância fala que os pais não querem tecnologia para os filhos.

Educação precisa ser prioridade.


Educação de Estância fala que os pais não querem tecnologia para os filhos.
Vamos pensar em duas crianças que estejam estudando. A primeira criança estuda em escola particular. Tem acesso a internet e a tecnologia. Sempre que ela tem uma dúvida sobre qualquer assunto ela pesquisa na internet a solução, ou assisti um vídeo no youtube para aprender mais, além de ter disponível infinitas possibilidades de aprendizagem. Mesmo durante a pandemia ela teve aula “AO VIVO” com seus professores todos os dias. Ele tem acesso ao professor em tempo real.
Agora, vamos para a segunda criança, seu filho. Família humilde. Não tem internet, não tem computador e nem celular para participar de aulas ao vivo. Seu filho vai chegar, ou terminar o ensino médio sem nem saber ligar um computador, sem saber usar nenhum um recurso que ele vai precisar para trabalhar. Agora imagine o seguinte. Chegando na idade de trabalhar, ambos vão participar de uma entrevista de emprego. Quem terá mais chance de conseguir a vaga de trabalho? A primeira criança, ou seu filho? A vaga será do aluno da escola particular. Seu filho terá somente 10% de chance e quanto a criança da escola particular terá 90%. Quando a tecnologia está na sala de aula e com boas estratégias, ela melhora o raciocino lógico de seu filho, criatividade, organização e responsabilidade. A tecnologia garante uma aprendizagem ativa, efetiva e garante que seu filho estará no mesmo nível dos alunos das escolas particulares. Em resumo, seu filho está fora do jogo. É dessa forma que a Secretária de Educação de Estância insinua o futuro de seu filho. No programa de rádio da Marazul (Microfonia) a secretária de educação enviou áudio, onde o assessor de comunicação fala: “Um grande percentual de pais optou pelas apostilas e não a questão das tecnologias”. A secretária por meio de sua assessoria deixa claro que foram os pais que não quiseram tecnologia. A assessoria fala que foi feito uma pesquisa e 90% dos pais optaram pelos blocos de atividades (apostilas). Em nenhum momento a educação perguntou aos pais se eles desejariam receberem da prefeitura um kit de tablet e internet, assim como está fazendo vários municípios do país. Exemplo é a prefeitura de Belo Horizonte que anunciou a compra de mais de 20.000 tablet (similar um celular) e internet para todo os alunos da rede municipal, enquanto a prefeitura e Estância não fez nenhum investimento para os alunos e professores e ainda insinua que foram os pais os responsáveis por não ter tecnologia. Aproveitamos e falamos também com o professor REGINALDO SANTANA (especialista em educação e tecnologia), leia: “É de cortar o coração. Tenho conversado com vários pais e até alunos da rede municipal. Em nenhum momento a prefeitura ofereceu aos pais internet, ou algum aparelho para acompanhar as aulas. O pior é a insinuação maldosa de que foi os pais que escolherem usar só as apostilas. Como os pais iria escolher aula online, senão tem internet. Ainda não inventaram internet via água! Para piorar nossos grandes professores estão recebendo a culpa pelos filhos estarem sem estudar, quando na verdade tudo é responsabilidade do prefeito Gilson Andrade. Esse e nem sua Secretária de Educação não sabe o que está fazendo e nem para onde vai”. Vamos chegar a 2 anos de escolas fechadas e os filhos dos trabalhadores sem ter aula, sem uma estrutura mínima organizada. Durante o ano de 2020 e agora 2021 vários municípios e estados do país já estão providenciando aparelhos e internet para as crianças e jovens. A maioria das escolas estão voltando no modelo de rodízio, onde um dia seu filho estará presencialmente na escola e no outro fica em casa. As redes particulares estão no modelo híbrido, onde alguns alunos estão na aula presencial, mas o que estão em casa assistem a mesma aula AO VIVO, em tempo real. No particular, o contato com o professor ainda permanece contínuo, quando em Estância não tem nenhum projeto de permitir aos estancianos um acompanhamento mais próximos, mesmo online. Oficialmente ainda não se tem notícia de quando voltará as aulas presenciais, o formato que a rede municipal vai adotar e nem algum projeto de internet e equipamentos para alunos e professores. Ensino Online, o que é? No ensino online o aluno tem acesso vídeo-aulas, suporte a dúvidas a qualquer momento e até aulas ao vivo. O caderno de atividade equivale uma pequena parte do ensino, mas perde seu valor quando falta um professor, ou tutor para fazer o acompanhamento de progresso de seu filho. Entregar bloco de atividade para as crianças e não ofertar um suporte ao vivo, ou uma plataforma organizada de tirar dúvidas não é aula online.

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