O prefeito de São Cristóvão, Marcos Santana (MDB), defendeu a proibição do uso de fogos de artifício, especificamente aqueles que provocam estouro em som alto, para proteção do público infantil diagnosticado com o Transtorno do Espectro Autista. O gestor falou com Narcizo Machado, na manhã desta quinta-feira, 26, no Jornal da Fan e comentou sobre o projeto de lei que foi recusado pelo poder legislativo do município.
“Nós encaminhamos para a Câmara de Vereadores um projeto de lei que tinha com o único objetivo: eliminar a possibilidade de utilização de fogos com estampidos. Não era eliminar todos os fogos, apenas os com estampidos, com bombas que causam transtornos terríveis e traumas irreversíveis a crianças com autismo, causam situações difíceis a idosos, a animais: gatos, cachorros, pássaros”, disse o prefeito.
“Eu recebi com muita tristeza, mas respeitando a autonomia dos poderes”, disse Marcos Santana, sobre a proposta reprovada na casa legislativa de São Cristóvão. “A derrota não é minha, a derrota é de um grupo de pessoas, de seres humanos, e também de um grupo de animais que deixarão de ser protegidos em sua dignidade”, completou o gestor.
O prefeito também disse que entende que é uma prática comum. “É uma tradição, mas está comprovado que os fogos com estampidos ou estouros, podem causar traumas irreversíveis a pessoas com transtorno do espectro autista”, argumenta Marcos Santana, sobre a importância do projeto de lei para proteção desse público.
Segundo o prefeito, 84 crianças, diagnosticadas com o Transtorno do Espectro Autista, assistem aulas somente na rede municipal de ensino de São Cristóvão, sem contar os colégios privados particulares e as escolas estaduais.
Mesmo assim, não só o público infantil, como os adultos dentro do espectro autista também sofrem com o barulho, além de idosos e pode matar animais, como gatos, cachorros e pássaros, que são mais suscetíveis aos danos causados pelos fogos.
Fonte: FanF1