Dois dias após a morte da menina Alana de Jesus, de 10 anos, provocada por uma bomba de fabricação caseira, familiares e vizinhos da vítima tentam entender a tragédia. O caso ocorreu no último sábado (10), em uma praça no Bairro Japãozinho, na Zona Norte de Aracaju, enquanto a criança brincava.
A bomba, suspeita de ter sido jogada por um adolescente de 16 anos, que foi apreendido em flagrante, atingiu a cabeça da menina, que morreu na hora.
“Foi uma explosão forte, foi horrível, nunca vi uma coisa daquela”, disse a aposentada Valéria Santos, que mora próximo à família.
Segundo a família, a menina estava com a irmã de 15 anos e outras crianças menores próximo à casa das avós. "Elas estavam brincando de jogar água em saquinhos de geladinho [uma embalagem plástica], quando ele chegou e atirou a bomba", disse a mãe da vítima, Nathaly Jesus.
O corpo da menina foi sepultado cerca de 17 horas após a morte, no Cemitério São João Batista, na capital.
Investigação
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente. Informações sobre o crime podem ser repassados através do Disque-Denúncia, no telefone 181.
Segundo a SSP, o adolescente foi apreendido em flagrante, na casa de um parente, no Bairro Santo Antônio, na capital. Ele deve responder pelo ato infracional de homicídio doloso.
"A cena do crime foi avassaladora. Uma criança de apenas 10 anos teve sua cabeça completamente estourada por uma bomba de fabricação caseira. Ele [o adolescente] faz parte de uma torcida, e segundo ele, essa bomba foi cedida por um colega, também membro de torcida. Ele alegou que a bomba seria direcionada a uns colegas que estavam ali na rua, e que a menina vinha passando e findou ela sendo a vítima da situação", disse a delegada Juliana Alcoforado.
Com informações do G1