A esquistossomose é uma doença que causa problemas de saúde crônica, inclusive, a paralisia dos membros, se ficar alojada na medula.
A paciente estanciana, Bianka Leite, jovem que foi acometida pelos sintomas da doença conhecida como Esquistossomose desde o mês de dezembro de 2016, encontra-se internada em um dos Hospitais da cidade de Santos, São Paulo, há pelo menos um mês, para tratar uma paralisia nos membros inferiores, causada por parasitas da espécie Schistosoma.
Bianka nos procurou para relatar sua preocupação com a população estanciana que costuma frequentar as lagoas existentes na praia do Abais, pois acredita ter contraído a esquistossomose na região, já que é frequentadora assídua. E espera do Município uma atitude urgente antes que mais pessoas venham a passar pela mesma situação em que ela se encontra.
Nos relatou que foi internada pela primeira vez aqui na cidade de Estância, onde reside, no dia 24 dezembro de 2016 com febre alta, dores abdominais e sintomas de vômito. Foi diagnosticada pelos médicos do Hospital Jessé Fontes como uma simples virose e colocada ao soro. Depois, encaminhada para casa, - voltando ao hospital no dia seguinte (25) e depois retornando por mais dois dias -.
Após idas e vindas ao Hospital de Estância, enfim, dia 28 ficou internada, desta vez, com suspeita de infecção urinária e ao ser encaminhada para fazer ultrassom na capital Aracaju, foi informada por uma determinada médica que estaria com uma pedra no rim - ficando internada por mais 5 dias -. Ao receber alta a paciente continuou com os sintomas mais agravados: Além da febre, barriga alta, a diarreia com sangramento nas fezes.
Preocupados com o agravamento de saúde da paciente, a família decidiu encaminhá-la para a cidade de Santos, São Paulo, onde sua mãe reside e exerce a função de enfermeira. E foi através do bom conhecimento com vários médicos que sua mãe conseguiu que a mesma passasse por uma série de avaliações e exames. Já sentindo dores fortes na região lombar e formigamento nos membros inferiores, Bianka, por fim, perdeu os movimentos das pernas.
Encaminhada para outro hospital de Santos, foi avaliada por uma neurologista que ao estudar bastante o caso e passar uma série de exames, descobriu que a paciente estava com esquistossomose medular. O verme havia se alojado na medula da paciente causando a paralisia; - fazendo com que a mesma perdesse a função das pernas -.
Atualmente Bianka se encontra internada: Usando sonda para realizar suas necessidades fisiológicas, usando fraldas descartáveis e fazendo fisioterapia para reaprender a andar. Segundo, ainda, a mesma, esse problema de saúde tem causado grandes transtornos e sofrimento para ela e toda família que tem acompanhado o caso com muita aflição. Outra preocupação que a tem afligido é o fato de mais pessoas contraírem o verme e não terem as mesmas possibilidades de se deslocarem para outro Estado e encontrarem médicos que ela considera anjos. Enfatizou que a médica que descobriu sua doença, ao dar entrevista na Rede de Televisão "SBT" disse se sentir perplexa com o descaso dos médicos sergipanos que a atenderam e não conseguiram em momento algum diagnosticar seu problema.
Sobre Esquistossomose:
A esquistossomose é uma doença que causa problemas de saúde crônica, inclusive, a paralisia dos membros, se ficar alojada na medula. A infecção é adquirida quando as pessoas entram em contato com água doce que está infectada com as formas larvais de parasitas da espécie Schistosoma. Os vermes adultos microscópicos vivem nas veias de drenagem do trato urinário e dos intestinos. A maioria de seus ovos ficam presos nos tecidos e a reação do corpo a eles podem causar grandes danos à saúde.
Sobre as Lagoas de Água Doce da Praia do Abais:
Já foram detectados esses vermes há alguns anos atrás e tomadas algumas medidas para acabar com o caracóis que são moradas dos transmissores da esquistossomose. Alguns administradores da Prefeitura de Estância tiveram a iniciativa de despejarem nas Lagoas milhares de alevinos para conter essas larvas. Nos anos de 2013 a 2015, por exemplo, foram despejados nas Lagoas da Reta do Abais, anualmente, mais de 5 mil alevinos para que se reproduzissem e acabassem de vez com as larvas. O grande problema que a Lagoa enfrenta são as estiagens que baixam totalmente o nível das águas e acabam matando todos os peixes. O município tem por obrigação monitorar essas lagoas e praticar ações que solucionem o problema - como o despejo dos peixes anualmente, por exemplo e outras medidas cabíveis.
Por: Jussara Assunção