17 de junho de 2025 às 22:24:22
Demora e reação tardia
A fala causou estranheza, considerando que já se passaram 207 dias desde o decreto, e Sandro, que esteve o tempo todo no exercício do mandato, não apresentou nenhuma proposta, projeto ou contraponto. Manteve-se em silêncio — e só agora, pressionado pela repercussão pública, manifestou-se pedindo “calma”.
O vereador Henrique CDs (União), que teve votação expressiva no bairro Valter Cardoso, também não aprofundou o debate. Limitou-se a repetir a proposta já feita por Isaías, sem apresentar nenhum estudo próprio ou sugestão concreta de seu mandato.
Outros vereadores também mencionaram o IPTU de forma superficial na sessão de 17 de junho, sem apresentar propostas ou aprofundamento. São eles: Artur do PT (PT), Carlos Blinoffi (União), Ninho de Bado (PP), Elenilton (PSD) e Lucicleide de Júlio Camelô (Cidadania).
As falas não evoluíram para requerimentos ou qualquer encaminhamento prático, mantendo o debate em nível genérico e sem efetividade.
A vereadora Marta Monteiro (PSD), que foi secretária municipal na gestão anterior, também optou por ignorar o tema. Mesmo tendo atuado no governo que publicou o decreto do IPTU, não fez nenhuma menção ao assunto ao subir na tribuna. Desde a primeira sessão de 2025, em 04 de fevereiro, já se passaram 133 dias sem que a vereadora tenha mencionado o tema, nem sugerido qualquer medida para amenizar o impacto financeiro nas regiões mais carente
A vereadora Larissa, em seu primeiro mandato, também não se manifestou sobre o IPTU na sessão. Mesmo diante da repercussão da reportagem e da pressão popular, nada disse, nem propôs qualquer ação para ajudar as famílias atingidas pela cobrança.
Outros vereadores que ignoraram totalmente o tema na sessão foram: Flávio Brasil (PSD), Kaique Freire (PSD) - atual presidente da Câmara - e Pedro Marcelo. O vereador Zá da Paz (PSD) não estava presente na sessão.
Enquanto isso, nas redes sociais, os estancianos têm demonstrado indignação. Em uma publicação do Factual1 com o título “IPTU Estância: classe média alta teve desconto e mais pobre, aumento”, um internauta comentou:
“Espero que com a cobrança na Cidade Nova, inclusive em locais que não têm saneamento básico nenhum, comecem a trabalhar a favor.”
O episódio evidencia uma falha coletiva de atuação política, seja pela omissão de parlamentares que já estavam no cargo durante a aprovação do decreto, seja pela falta de protagonismo de novos vereadores. A cobrança do IPTU chegou cedo. O debate político, tarde demais.
Redação Factual1
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