Eram exatamente 21:37hs do dia 31de Maio de 2024, "in loco" Praça Barão do Rio Branco na cidade da Batucada, quadrilha, comidas típicas, forró das antigas, no dia da saudosa "Salva". O que houve? A praça estava em silêncio, a praça estava triste. Nada, ninguém estava na praça.
Desde criança, no dia da "salva" todos estavam na praça para comer um bom bóbo de camarão, dançar, sorrir, pois o forrodromo é restrito somente à aquilo que todo lugar tem: bandas nacionais, ou locais.
Entretanto, em 2024 nada disso aconteceu. O que se via na praça era um barco triste, um barco sem vida. Um barco de fogo, sem fogo.
E em 22/06/2024, andando na nova praça, um senhor falava:
"quem já viu, colocar a vila do São João no forrodromo, lugar longe da peste".
Sim.
Eu concordei 100% com a voz do povo. A transferência do São João para o forrodromo virou uma elitização da cultural.
Talvez, tenha ficado acessível somente para classe média baixa de Estância, quem tem seu carrinho, sua motinha.
No entanto, o povo não foi pautado na programação. O povo foi distanciado daquilo que mais ama: O belo são João.
Restringir o povo é acabar com nossa cultura. Da mesma forma, querer rotular, reduzir nosso São João a somente barco de fogo, é não entender nada de São João de Estância.
Nosso São João não é barco de fogo. Nosso São João é comida, Batucada, quadrilha, é o povo inserido no festejo. Barco de fogo é só um barquinho de fogo. Eu gosto mesmo é do povo feliz. O povo na praça porque a praça é do povo. A praça é para ser usada. A praça não é uma TV de última geração que você compra e nunca ligou para não quebrar. Isso seria esperdício.
A praça nova, é uma praça sem vida, sem cultura. Um praça sem cultura é uma praça que prejudica os comerciantes, afasta o povo. Quem compra é o povo e quem fica agradecido é o comerciante. No entanto, parece que esse "fanatismo" de restringir o São João a ser somente Barco de Fogo, está fazendo nossa cultura dormir.
"Meu amigo". Da próxima vez que for fazer uma praça nova (pedras). Por favor, suplico! Deixe a praça velha. A velha com vida. A velha com cultura. A praça velha do povo, a praça velha dos comerciantes. Um abraço a minha praça velha, Barão do Rio Branco.
Que outro gestor surja e traga de volta nossa praça velha, ela agora está dormindo e até o palcos da festa estão caindo.
[OPINIÃO - ARTIGO]
Reginaldo Santana
27 de junho de 2024.