A cidade de Estância desde a sua emancipação política do primeiro núcleo colonial do estado, Santa Luzia do Itanhi, em 25 de outubro de 1831, que assumiu a condição de cidade mãe da região sul. Uma espécie de capital local.
Essa posição de liderança regional ocorre em todas as áreas, todavia na esfera política ela tem mais apelo e visibilidade. Um líder político daqui possui mais chance de alcançar as cidades circunvizinhas do que o inverso.
Isso é até natural devido a estrutura de comunicação (leia-se: rádios, jornais e ultimamente sites noticiosos), que tem na terra de Gilberto Amado (1887-1969). Quem tiver a capacidade de construir um discurso antenado com o sul sergipano poderá tirar dividendos significativos.
De sorte que um nome estanciano poderia (pode) açambarcar uma boa fatia do eleitorado regional e chegar na casa do povo sergipano. Mesmo assim depois de 1994, o município ficou três eleições estaduais sem eleger um representante.
Após muita determinação da população foi eleito o médico Gilson Andrade (PTC), para a Assembleia Legislativa, no pleito de 2010, pregando a necessidade de Estância e até a região sul voltarem a ter uma representação estadual.
Na eleição de 2014 realizou uma campanha cara e com uma super estrutura, graças as posições cômodas dos ex-prefeitos: Carlos Magno (PSB) e Ivan Leite (PRB) que não o enfrentaram foi reeleito com uma margem maior de votos. Fez um discurso análogo.
Mas assim que terminou a eleição começou a campanha para prefeito, cargo que havia disputado e sido derrotado em 2012. Compôs uma ampla aliança prometendo o mundo e o fundo e estribado num forte marketing radiofônico. Conseguiu êxito.
Todavia o discurso do seu grupo da importância de um representante na Assembleia perdeu força, uma vez que, ele abandonou o mandato de deputado estadual pela metade para se tornar prefeito, num gesto de ganância desenfreada pelo poder.
Por muito tempo, voltou com a mesma tese, dizendo que a municipalidade precisa de um deputado. Correto necessita mesmo. Mas o povo saberá escolher um nome, que não abandone o mandato pela metade como fez o prefeito.
Movido por um projeto pessoal e pensando apenas na sua ambição desmedida pelo poder, largou o mandato no meio. A pergunta que não quer calar: com que cara e com qual discurso Gilson Andrade vai pedir votos para deputado estadual? A consciência estanciana aguardará o tempo certo para dar a resposta mais adequada!
Por: José Domingos Machado Soares (Dominguinhos)